Falar de transformações é algo recorrente no contexto atual. O célere desenvolvimento da tecnologia e todas as aplicações que ela propõe a vida do ser humano faz surgir uma nova forma, identidade e proposta de relação jurídica material a ser apresentada, conhecida e julgada pelo Sistema Jurídico brasileiro. E todo esse manifesto tecnológico tem seu derradeiro ou sua explicação na cultura cibernética que transforma a nossa sociedade na conhecida sociedade da informação com reflexos diretos em nossas relações, em nosso ordenamento jurídico e, consequentemente, na nossa forma de entender e exercer o Direito.

A despeito disso, seria presunção tentar exaurir o tema proposto. O direito atrelado a inteligência artificial como ponto de formação ou modificação cultural e expectativa de uma pós-humanidade, por sua dimensão e conexão de áreas científicas, é uma temática que demanda bem mais que dez páginas para que seja abordada de maneira suficientemente esclarecida e questionadora. Dessa forma, o presente artigo traz uma pequena demonstração da inquietação da autora tendo em vista a influência das tecnologias não só no Judiciário, no Direito e na Justiça, mas principalmente em algo que, até o momento, é essencialmente humano, a cultura. Essa que tem o poder de influenciar ou interferir em quaisquer das áreas existentes ou propostas por um Ser humano.

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